A Cirurgia Hepatobiliopancreática é uma área da Cirurgia do Aparelho Digestivo, que trata patologias benignas e malignas do fígado, vias biliares e pâncreas. Para a realização desta cirurgia é necessário um alto grau de especialização e habilidade do médico especialista.

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CIRURGIAS DE PÂNCREAS

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CÂNCER DE PÂNCREAS

Quando se fala em Câncer de Pâncreas, a primeira neoplasia a ser considerada é o Adenocarcinoma - a neoplasia maligna mais comum deste órgão. É um tipo agressivo de câncer que se origina nas células produtoras de suco pancreático e é conhecido por ter uma detecção muitas vezes tardia e uma taxa de sobrevida relativamente baixa.

Em comparação com outras neoplasias, é relativamente incomum, ficando na 14ª posição em relação a incidência. Entretanto, é a 7ª colocada em número de mortes relacionadas ao câncer. No Brasil, perfaz apenas 2% de todas neoplasias diagnosticadas.

É neoplasia que ocorre mais normalmente após os 50ª, mais comum em homens. Como fatores de risco podemos citar: familiares em primeiro grau afetados, presença de diabetes, infecção pelo vírus da hepatite B, tabagismo, consumo de álcool, pancreatite crônica, obesidade.

Os sintomas são inespecíficos, mas mais comumente os pacientes apresentam dor abdominal, dor lombar, azia, náuseas/vômitos, icterícia (coloração amarelada da pele e esclera), perda de peso e mudança do hábito intestinal. Um dado interessante publicado recentemente dá conta de que >40% dos pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas procuraram um profissional médico nos 2 anos anteriores ao diagnóstico com algum sintoma abdominal.

O diagnóstico é feito com o uso de exames de imagem contrastados como a Tomografia Computadorizada de Abdômen e a Ressonância Magnética. Eventualmente podemos lançar mão da Ecoendoscopia com biópsias para auxiliar no diagnóstico de lesões pancreáticas suspeitas.

O tratamento é eminentemente cirúrgico, com ressecção das lesões, o único tratamento com intenção curativa para essa neoplasia. Eventualmente um grupo de pacientes com lesões mais avançadas pode ser submetido ao tratamento dito neoadjuvante – quimioterapia com ou sem radioterapia - , com o intuito de controle local da lesão antes da cirurgia.

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CISTOS PANCREÁTICOS

Diferentemente das lesões sólidas, os cistos são preenchidos com conteúdo líquido no seu interior. Lesões císicas podem ocorrer no pâncreas, e abaixo cito algumas que são prevalentes...

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Neoplasia Intraductal Papilar Mucinosa (IPMN)

Cada vez mais frequentemente encontrada em exames abdominais, a Neoplasia Intraductal Papilar Mucinosa (IPMNs), trata-se de uma lesão cística, habitualmente benigna e assintomática, mas que pode apresentar potencial de malignidade com a sua evolução. Basicamente se diferencia entre IPMN's do ducto principal pancreático (essas com maior risco de transformação em câncer), IPMN's de ducto secundário e do tipo misto. Tendo em vista o risco de albergarem células com potencial de malignidade, é importante acompanhar esses Cistos e eventualmente é necessária a realização de cirurgias para ressecção dessas lesões.

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Cistoadenoma Seroso

Lesão cística pancreática mais comum em mulheres, ocorrendo a partir da 5a década de vida, tendo um comportamento essencialmente benigno. Sendo assim, quando do seu diagnóstico, a grande maioria dos pacientes é apenas acompanhada. Nos casos em que os cistos causam sintomas como dor, saciedade precoce, obstrução das vias biliares, etc - o tratamento cirúrgico pode ser ofertado para melhora da qualidade de vida desses pacientes.

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Cistoadenoma Mucinoso

Diferentemente da lesão cística anteriormente descrita e apesar de ocorrer em mulheres mais jovens, o Cistoadenoma Mucinoso têm potencial de malignidade e deve ser acompanhado de perto. Alguns critérios como tamanho e crescimento da lesão podem ser indicativos da necessidade de cirurgia.